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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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​A águia voou baixo

16 abr, 2018 • Opinião de Ribeiro Cristovão


De repente, a quatro jornadas do seu termo, o campeonato sofreu uma reviravolta.

Era grande a expectativa à volta do grande clássico aprazado para o Estádio da Luz, onde se jogava uma cartada forte com vista à conquista do título de campeão de futebol deste ano.

Aparentemente, o Benfica dispunha de algumas vantagens em relação ao Futebol Clube do Porto: desde logo, porque liderava a tabela classificativa com um ponto de vantagem; depois, porque iria dispor de um apoio maciço de 60 mil adeptos, colocando assim alguma pressão sobre o seu adversário nortenho.

Só que os dragões foram capazes de deitar abaixo todas estas barreiras, acabando por ganhar, pela margem mínima é certo, mas justificando inteiramente uma vitória que uma segunda parte de nível superior deixou à vista a melhor qualidade do seu futebol.

Depois, erros de avaliação do treinador benfiquista, contribuíram também para que a balança se desequilibrasse a favor da equipa nortenha.

Rui Vitória cedo expressou a ideia de que seria mais recomendável assegurar o empate.

Mas, como tantas vezes se repete, em futebol, quem joga para empatar acaba geralmente por sair vencido.

E foi isso que aconteceu: ficou patente que as substituições feitas do lado encarnado apenas pioraram o rendimento da equipa, enquanto do lado contrário, Sérgio Conceição acertou em cheio nas alterações produzidas, o que fez melhorar o rendimento do onze e permitir-lhe chegar à vitória.

Ficou decidido o campeonato? É cedo para fazer uma afirmação desse tipo, mas a verdade é que os portistas passaram a ficar com o título ali à distância de uma mão, enquanto os lisboetas terão agora de passar a olhar também para o adversário que o segue, o Sporting, e que espreita a possibilidade de lhes roubar, inclusive, o segundo lugar.

De repente, a quatro jornadas do seu termo, o campeonato sofreu uma reviravolta.

E, embora ainda muitas coisas possam vir a passar-se, a realidade mostra-nos um Futebol Clube do Porto capaz de, após quatro anos de jejum, capaz de voltar a arrebatar o título de campeão.

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