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O Mundo em Três Dimensões - Dia Mundial Água - 22/03/2018

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12.000 litros. Agricultor queniano faz 70 quilómetros para dar água aos animais

22 mar, 2018 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)


Patrick Mwalua assume-se como guardião da vida selvagem da reserva natural de Tsavo, no Quénia. Faz 70 quilómetros várias vezes por semana para despejar 12 mil litros de água num leito de rio seco. Um raro gesto de generosidade num país onde a água é vendida a preços exorbitantes. Sobretudo em tempo de seca.

Era uma vez um homem que viajava 70 quilómetros para dar de beber aos animais no Quénia, um país onde muitos vendem água a preços exorbitantes, sobretudo nos períodos de seca.

Mas esse homem enchia uma cisterna de água e despejava-a no lugar que outrora fora um lago em Tsavo, junto ao rio com o mesmo nome, mas que agora está completamente seco.

E porquê? Porque estava desiludido com o facto de muito poucos se preocuparem com o bem-estar dos animais do parque natural onde em 2009 mais de 40% dos animais morreram à sede.

O fenómeno é cíclico. Mas este homem prometia a si mesmo que quando crescesse faria qualquer coisa para evitar a condenação da vida selvagem por causa da seca.

Esta é a história real de Patrick Mwalua, um jovem agricultor queniano que transporta 12.000 litros de água várias vezes por semana para dar de beber aos animais. Que até já reconhecem o pequeno camião azul claro alugado especificamente para esta missão.

Cada camião de água custa 250 dólares co-financiados por doações angariadas através de uma página na internet.

Mas Patrick sonha comprar o seu próprio camião. E tenciona escavar um buraco maior e mais fundo para transformar o pequeno leito de rio seco num lago artificial que possa dar de beber a mais espécies do Parque Natural de Tsavo, no Quénia.

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