16 fev, 2018
A jornada de ontem da Liga Europa teve duas faces distintas, certamente com repercussões também diversas.
Enquanto o Sporting sob o comando de Jorge Jesus alcançou em Astana um resultado que permite olhar para o futuro imediato com justificado optimismo, o Sporting de Braga poderá ter assinado a o certificado de desistência face ao desfecho do jogo em Marselha, onde a equipa francesa confirmou a sua clara superioridade em relação ao adversário português.
Em Astana, as coisas nem sequer começaram bem para os leões da capital.
Nos primeiros vinte minutos a equipa cazaque revelou superioridade e foi até, nesse período que obteve o golo que chegou assustar. E, apesar da melhoria de rendimento do representante português, assim se chegou ao intervalo.
Porém, na segunda parte tudo mudou. O Sporting cedo chegou à igualdade e depois, no escasso período de oito minutos, foi capaz de operar a reviravolta que fez justiça ao resultado final, e abrir caminho para os oitavos-de-final da Liga Europa. Com tranquilidade.
Em Lisboa teremos apenas o desafio da confirmação que Jorge Jesus certamente aproveitará para poupar alguns dos jogadores que têm sido submetidos a um esforço muito intenso.
No Velódromo de Marselha, campo de tristes recordações, (foi ali que em 1984 a nossa selecção foi eliminada pela França da final do Campeonato da Europa), o Sporting de Braga baqueou de forma estrondosa carregando para a sua cidade com um desfecho que poderia ter sido bem mais pesado, perante aquilo a que foi possível assistir durante noventa minutos.
Os minhotos resistiram até ao limite, mas quando a força dos gauleses se impôs desmoronou-se por completo qualquer esperança de poder resistir, e evitar a eliminação que, mesmo sem estar consumada, parece de todo impossível de evitar.
Perante o quadro que temos pela frente, fica a ideia de que só o Sporting Clube de Portugal vai ter capacidade para seguir em frente.
Um quadro que, convenhamos, não reflete por inteiro as nossas aspirações.