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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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Tudo em aberto

08 fev, 2018 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Olhando para o clássico do Dragão e para o seu desfecho não se pode adiantar com segurança uma previsão daquilo que vai acontecer na segunda mão, no estádio José Alvalade.

Tudo em aberto: vai ser, seguramente, o título mais corriqueiro e mais repetido por estes dias sempre que se fale do Futebol Clube do Porto-Sporting Clube de Portugal de ontem à noite.

E reflecte claramente a verdade: a vitória na meia-final está por decidir, a vitória dos portistas é totalmente aceitável e até poderia sido alcançada com maior expressão nos números, ou seja, mais um golo para os nortenhos e aí teríamos uma aproximação maior à realidade com que nos deparámos no estádio do Dragão durante noventa minutos.

Convém no entanto acentuar que foram necessárias quatro horas de jogo para que Tiquinho Soares mandasse os nulos às urtigas. Zero-a-zero no campeonato e o mesmo resultado na Taça da Liga, só foi desbloqueado mercê de um cruzamento soberbo de Sérgio Oliveira para a cabeçada espectacular de Soares, a que Rui Patrício não teve possibilidade de pôr fim com sucesso.

Olhando para o clássico do Dragão e para o seu desfecho não se pode adiantar com segurança uma previsão daquilo que vai acontecer na segunda mão, no estádio José Alvalade.

É que, desse desafio, separam-nos mais de dois meses, e até lá muita coisa pode acontecer aos dois emblemas. Há questões por resolver, num caso apenas no domínio do jogo jogado, no outro também nesse e noutros jogos que se disputam nos bastidores, numa altura em que nem vale a pena discutir a sua conveniência, já que esta é zero.

Num desafio com cerca de cinquenta faltas, mais dos leões do que dos dragões, uma enormidade para um clássico, ainda que em circunstâncias especiais e para uma competição especial, dão nota segura de que deveria ter havido mais tempo para jogar. Mas tem de se aceitar esta realidade, pois estava e está em jogo uma Taça, a taça rainha do nosso futebol, e isso é sobejamente importante.

O histórico recente dos dois clubes deixa à vista a mossa que a exigente temporada está a produzir em ambos: nos desafios mais recentes, os comandados de Jorge Jesus ganharam somente ao Cova da Piedade e ao Vitória de Guimarães. Para além disso, são empates e duas derrotas consecutivas. Do lado de Sérgio Conceição, o seu grupo tem sido mais regular em números, mas ainda assim escasso em algumas exibições.

E a fasquia não baixa: o campeonato vem já a seguir, e as competições da UEFA também vão aumentar o grau de exigência numa altura em que é preciso medir bem todas as forças.

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