05 fev, 2018
Os ventos sentidos ontem na Costa do Estoril não sopraram de feição para o Sporting.
O treinador não terá preparado convenientemente o jogo, e isso foi reconhecido pelo próprio quando, no termo da partida, ao apontar erros cometidos pelo setor defensivo, sobretudo os decorrentes de pontapés de canto favoráveis ao seu adversário, um dos quais resultou no primeiro golo apontado pelos canarinhos.
A um mau Sporting da primeira parte, da qual saiu a perder por 2-0, seguiu-se uma equipa diferente no tempo complementar, contudo sem a eficácia que uma reviravolta exigia, mas que os jogadores não foram capazes de protagonizar.
Jorge Jesus desculpou-se com o vento, mas a verdade é que houve outras realidades que o técnico ignorou e que foram de sua inteira responsabilidade, sobretudo a forma como organizou a equipa, e da inclusão de alguns jogadores cujas atuações eram, à partida, de sucesso pouco previsível.
Mas é evidente que para além disto não pode subestimar-se o mérito do Estoril Praia, que esteve sempre mais próximo do 3-0 do que o Sporting do 2-1.
A equipa da linha está em fase recuperação, que poderá ter encontrado nesta vitória sobre um adversário claramente superior, ficando agora a expectativa sobre como irá comportar-se na fase final do campeonato.
Face ao que se passou no fim-de-semana, o Sporting desceu do primeiro para o terceiro lugar, permitindo ao FC Porto voltar a destacar-se no comando da classificação e, ao mesmo tempo, deixando o Benfica em igualdade pontual, que pode ser comprometedora.
Águias e dragões tiveram vitórias folgadas frente a adversários que faziam adivinhar maiores dificuldades. E sem reticências.
Os portistas realizaram um jogo globalmente aceitável, enquanto os benfiquistas só se superaram na segunda parte, mas aí com uma exibição demolidora.
Antes de nova ronda, temos a Taça de Portugal. E com o forte aliciante de voltarmos a estar perante mais um Sporting-Porto, que é sempre um prato para barriga cheia.