11 jan, 2018
Em sinal de respeito pelo Cova da Piedade, o treinador do Sporting não se remeteu a poupanças no desafio em que teve pela frente a equipa da margem sul, a actuar num campo que não é o seu mas onde obrigou os leões a vestirem o fato de macaco em alguns períodos do jogo, sobretudo na segunda parte.
Os piedenses foram mesmo os melhores do primeiro tempo mercê de um caudal ofensivo que os levou por duas vezes ao encontro dos ferros de Rui Patrício, sem que o Sporting tivesse sido capaz de importunar a baliza contrária no decorrer desse espaço.
Porém, nos segundos quarenta e cinco minutos, a entrada em campo de figuras habitualmente preponderantes mostraram a outra face do conjunto leonino.
E daí, a equipa leonina partiu para a vantagem. Mínima, mas vantagem, que vale tanto como as goleadas.
Não foi o Sporting do campeonato, é verdade, mas bastou para garantir a presença nas meias-finais, que virão já a seguir.
Nessa fase vão também ter assento, o Caldas Sport Clube e o Desportivo das Aves, até ontem candidatos improváveis.
Mas isso apenas reforça o mérito de ambos: o dos caldenses que já haviam atirado às cordas Académica e Arouca, e os avenses que pareciam estar fora de combate a dez minutos do jogo com o Rio Ave, mas tiveram forças para se reinventarem tomando assim assento numa fase em que tudo se irá resolver em duas mãos.
Conhecido já um “casal”, fica-se por mais algumas horas à espera de parceiro para o Sporting.
E essa dúvida vai ser desfeita hoje no embate entre o Moreirense e o Futebol Clube do Porto.
Claro que favoritos são os dragões.
Mas, se não vestirem o fato de macaco, poderão acabar por ficar pendurados num galho qualquer à beira do abismo.