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Da Capa à Contracapa
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Da Capa à Contracapa - Alterações Climáticas - 06/01/2018

"Acordo de Paris não chega para travar alterações climáticas"

06 jan, 2018


As alterações climáticas serão um dos temas fortes de 2018. Nesta edição de Da Capa à Contracapa, a Renascença convidou Ricardo Trigo e Jorge Moreira da Silva para analisar o assunto.

Numa altura em que grande parte do mundo se vê afectada por vagas de frio históricas ou por tempestades fortes, parece certo que o ano de 2018 será marcado pela discussão sobre as alterações climáticas.

Nesta edição de Da Capa à Contracapa, a primeira do ano, a Renascença convidou Ricardo Trigo e Jorge Moreira da Silva para analisar o assunto.

Ricardo Trigo, climatologista da Universidade de Lisboa, “situações que só ocorriam 2 ou 3% há 50 anos, estão a ocorrer consoante os continentes, mas estou a falar da Europa, Estados Unidos, Austrália, 15 ou 20%. E pior que isso, há anos, tanto na Europa como na Austrália, onde se verificaram temperaturas extremas que não se tinham verificado nos 100 anos anteriores. Isso aconteceu na famosa onda de calor de 2003 na Europa Ocidental, na onda de calor de 2010 na Rússia e várias ondas de calor que têm acontecido na América e na Austrália.”

“Esses extremos afectam muito mais os ecossistemas do que as alterações de um grau”, diz ainda o climatologista.

Já o antigo ministro do Ambiente Jorge Moreira da Silva, actualmente director-geral de Desenvolvimento e Cooperação da OCDE, rejeita qualquer sugestão de revisão por baixo dos objectivos do Acordo de Paris.

“Acho sinceramente que não há condições para reabrir o Acordo de Paris. Pelo contrário, vamos precisar de tornar o Acordo de Paris muito mais ambicioso. O que dizemos é que queremos limitar o aumento da temperatura a um grau e meio ou dois graus. Sabemos que se não fizermos nada chegamos aos cinco graus. Mas sabemos que se somarmos todos os objectivos que os países colocaram na mesa no Acordo de Paris teremos um aumento de 2,7º”, conclui o especialista em alterações climáticas e energia.

O Da Capa à Contracapa é um programa da Renascença em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos para debater a sociedade e promover o debate livre. Pode ser ouvido a partir das 9h30 aos sábados, ou em podcast através do site.

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  • Filipe
    06 jan, 2018 évora 23:27
    Isto das alterações climáticas cheira sempre a embuste ! No tempo dos dinossauros não havia poluição e aconteceram mudanças , nem mais faz uns milhares de anos e a Europa estava gelada e não havia poluição nem perto estava para se descobrir a roda ainda ... É tudo uma treta ! A terra ou ecossistema , começou em lava e cada vulcão emite para atmosfera tanto ou mais co2 do que Portugal em 10 anos produz e os humanos estão cá ainda ! Um EMBUSTE ! Antes era o azeite veneno , depois o sal agora o açúcar , mas o leite e carnes vermelhas , paios , enchidos e afins como interessa vender turismo podem consumir e sem restrições de sal . O açúcar coitado como Portugal tem de o importar é veneno mas as massas que são na mesma hidratos carbono podem comer aos sacos de Kg ! Tenham vergonha com tantos embustes !
  • joca
    06 jan, 2018 lisboa 14:15
    O acordo punha uma canga ao desenvolvimento e emprego dos EUA portanto quem quiser segue ecologistas quem não quer faz o que tem na mao para ter a sua população em pleno emprego e desenvolvimento. Os excedentes serão aplicados nas forças armadas ,armamento eleytr´nico,nuclear etc .Os maiores poluidores e agressores q alinhem.