28 dez, 2017
O escândalo mais recente acaba de ser espoletado por uma investigação do canal SIC e refere a constituição de quatro jogadores do Rio Ave como arguidos num eventual caso de corrupção ocorrido num jogo em que a equipa vila-condense teve como adversário o Feirense, no dia 7 de Fevereiro deste ano, a contar para a vigésima jornada da primeira Liga, e que terminou com a vitória dos fogaceiros por 2-1 no estádio Marcolino de Castro.
Por essa altura, o Feirense mantinha uma posição confortável na classificação geral, ocupando o décimo lugar com, vinte e dois pontos conquistados, oito lugares acima da linha de água.
É oportuno recordar que o jogo que agora está no centro do eventual escândalo foi então, à última hora, suspenso das apostas do Placard, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, exactamente por se ter registado um volume atípico de apostas, e daí poder envolver resultar um elevado risco financeiro.
Não se sabendo ainda os nomes dos jogadores eventualmente envolvidos, no respeito pelo segredo de justiça, pode no entanto adiantar-se que dos onze jogadores da equipa do Rio Ave que então se deslocou a Santa Maria da Feira, apenas transitaram para esta época o guarda-redes Cássio, e ainda Marcelo, Rúben Ribeiro, Tarantini e Nadjack.
Tendo-se então ficado a aguardar a actuação das entidades judiciárias, o caso parecia ter caído no esquecimento, mas a verdade é que a investigação fez o seu caminho e acabou por produzir efeitos. Eis, agora, mais esta “prenda” colocada no sapatinho do futebol português.
Convirá no entanto retirar deste caso o clube Rio Ave, um clube prestigiado, com um percurso imaculado durante toda a sua existência, sendo ainda de recordar palavras do seu treinador de então, Luis Castro, ao pedir respeito pelos jogadores que comandava.
Longe de se saber como tudo isto irá terminar, não pode deixar de se somar este acontecimento a tudo quanto de negativo tem esmaltado o futebol português nos últimos meses.
O negócio está em causa, mas essa parece ser, para alguns, matéria de pouca relevância.
E é pena…